As vezes procuro as palavra, e elas não vêem ao meu encontro, percorro cada parte do meu ser em busca de alguma coisa que possa ser relevante, navego em meu interior e não encontro absolutamente nada, só uma aridez mórbida,tento transformar cada instante em uma historia futura, e nada encontro, só um vazio sem sentido.Bato palmas,grito,sussurro e nada encontro, apenas uma fagulha de esperança em que essas poucas palavras podem produzir.
Tento produzi-las,multiplicá-las, nas emoções que foram contrarias ao esperado,e enxergo apenas letras baralhadas, parecendo mais carta de baralho em que algumas não estão presente pelo descuido de alguma emoção que passou desapercebida.
Percorro por todos os lados e tudo parece fugir, desaparecer sem nem uma explicação,e logo penso no que está acontecendo.
Seria possível um descuido por parte do lado mais intimo,em que foi se perdendo aos pouquinhos sem nem ao menos perceber os danos catastróficas para lado mais sensíveis.
Mas nem tudo está perdido,porque sei que ainda posso com uma pá, cavar ainda mais fundo e produzir algo ainda mais belo (como sei disso ) No interior, quando os homens fortes iam cavar um posso, na medida que eles iam se aprofundando da superfície,quanto mais cavavam mais jorrava água da escavação, e é isso que estou fazendo desde então, sem medo do que pode está por vir.
Há sim uma necessidade de gerar algo,e ninguém pode roubar isso de mim.
Porque sei que desse imenso buraco pode sair alguma coisa construtiva e não desistirei jamais desse desejo que habita no meu ser.
Francisco Nascimento
